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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Restauração do sobrado do Barão de Jeremoabo


O sobrado da Fazenda Camuciatá do Barão de Jeremoabo, localizado a cerca de 9,4 km da sede do município de Itapicuru, no litoral norte da Bahia, e tombado em 1994 pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), está sendo restaurado. A iniciativa acontece graças aos editais do IPAC que auxiliam a política pública da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) na preservação dos patrimônios culturais baianos.
Segundo o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, os editais possibilitam a participação efetiva da sociedade civil nas políticas culturais. “Um dos objetivos dos editais é apoiar projetos de restauração de bens edificados já tombados e reconhecidos pela sua importância e singularidade, como é o caso da Casa de Engenho do Barão de Jeremoabo”, diz Mendonça. Para o dirigente estadual, os editais garantem ferramentas transparentes e democráticas para a distribuição de recursos públicos. “De 2009 a 2011 o IPAC já está executando 73 projetos, reunindo R$ 2 milhões de investimentos do Fundo de Cultura da Bahia em editais no período 2008-2010”, comenta Mendonça. 
A obra está sendo realizada por R$ 499,9 mil e terá duração de até seis meses, com objetivo de conter a degradação física do monumento. “Pretendo transformar esse prédio em um Museu do Nordeste”, diz o atual proprietário Álvaro Dantas, descendente do Barão de Jeremoabo. “É grande a satisfação de saber que a Bahia pode contar com mais um monumento dessa importância”, comemora Dantas.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de maio de 1994 — Os custos da escravidão

O Núcleo de Consciência Negra de São Paulo moveu ação judicial em que reivindicava indenização para os descendentes de escravos no Brasil pelo trabalho de seus antepassados, no total de US$ 6,14 trilhões. Cada descendente receberia US$ 102 mil. O movimento estima que na época que foi movida a ação, 40% da população ou 60 milhões de brasileiros teriam origem africana. 
De acordo com os cálculos do Núcleo, os 3,7 milhões de escravos vindos da África teriam gerado, ao longo do tempo em que vigorou o regime, 30,7 milhões de descendentes. Esse contingente realizou linearmente, ainda segundo o Núcleo, 614 milhões de anos de trabalho não remunerado. Aplicando-se o valor de US$ 10 mil como salário mínimo anual chegou-se ao custo de US$ 6,14 trilhões. 

A ação é declaratória e o direito à indenização estava prescrito quando o processo foi aberto. O objetivo era que o Estado reconhecesse os danos causados aos negros pela escravidão.
Homens e mulheres eram trocados na África por fumo e cachaça em um negócio muito lucrativo para os traficantes. Um negro se pagava em cinco anos. Os escravos não conseguiam sobreviver às jornadas de 18 horas diárias por mais que sete anos, e eram rapidamente substituídos por outros.

sábado, 30 de abril de 2011

30 de abril de 1975 – Termina a Guerra do Vietnã

Quatorze anos depois da Casa Branca ter determinado o desembarque de tropas norte-americanas na Indochina para um ataque aberto contra o Vietnã do Norte, o então presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford, ordenava, do mesmo local, a retirada às pressas dos últimos 904 norte-americanos que se encontravam em solo vietnamita. Apesar da retirada ter se realizado quase por completo após um acordo assinado pelos Estados Unidos dois anos antes, alguns contingentes militares permaneceram no local ajudando as forças do Sul.
O motivo pelo qual se ordenara a retirada imediata das tropas americanas fora a ocupação da capital Saigon – símbolo do governo sulista – pelo Exército vietcong (força comunista do Vietnã do Norte que recebia apoio da URSS), na madrugada do dia 30 de abril. A tomada da cidade, representou a derrota trágica dos Estados Unidos no conflito que matou mais de 2 milhões de pessoas, e a vitória dos aliados do norte.
“Nossa tarefa imediata será a de construir um Vietnã do Sul pacífico, independente e neutro, e trabalhar, passo a passo, pela reunificação de nosso povo através de meios pacíficos”, afirmou o Chanceler do Governo Revolucionário.
A tomada de Saigon fez parte de um plano muito bem preparado, no qual os pontos estratégicos da cidade foram ocupados em menos de uma hora pelos soldados vietcongs, que hastearam sua bandeira nos principais prédios da cidade, depois de terem sufocado imediatamente todos os pontos de resistência da cidade.

30 de abril de 1945 - A morte de Adolf Hitler

As primeiras notícias oficiais sobre a morte de Hitler revelavam que o Fuherer teria sucumbido combatendo russos no comando de um dos últimos setores bélicos nazistas ainda em atividade, em Berlim. Especulações quanto às circunstâncias reais de sua morte, contudo não demoraram a surgir. Muitas evidências históricas indicam que o Fuherer foi levado ao suicídio juntamente a Eva Braum, com quem se casara um dia antes.
A foto do suposto cadáver de Hitler, tirada pelos russos, após
o avanço sobre Berlim. Cada vez mais se duvida da veracidade
da morte do ditador alemão: sabe-se hoje que o cadáver em
questão, por exemplo, era cerca de 7 centímetros
menor do que Hitler!
Para o homem que dissiminou o terror em nome de sua ambiciosa teoria da superioridade ariana, cometendo atrocidades sem precedentes na História contra a própria humanidade, o suicídio correspondeu mais à antecipação da morte oficial ou ao desejo de evitar a humilhação da prisão e julgamento, insuportável para quem prometia mil anos de III Reich e o predomínio de uma raça superior.
A supremacia de Adolf Hitler suscitou sentimentos extremos, conforme a perspectiva histórica e geográfica que se tome ao retratá-lo. Foi um homem que se valeu de todas as fraquezas do homem - a ambição das Forças Armadas, a miopia do poder econômico, a ingenuidade do donzelismo político, a boa fé das massas - para chegar ao Poder.
O estudo biográfico sobre as origens de sua obsessão inclui uma infância marcada por rancor e mania de perseguição, onde já revelava acessos de cólera contra quem o contradissesse e uma adolescência de amarguras: o fracassado sonho de se tornar pintor, a morte precoce de sua mãe às vésperas de um Natal e a sobrevivência miserável pelas ruas de Viena. Como se fosse necessário encontrar quem pudesse arcar com o fardo da derrota, da humilhação e da miséria sofridas.
Polêmicas à parte, com a morte de Hitler, estavam contados também os últimos instantes da resistência alemã na Segunda Guerra Mundial.

Leia também:


  • 30 de janeiro de 1933 – Hitler é nomeado Chanceler alemão

  • 30 de junho de 1934 - A implacável Noite dos Longos Punhais

  • 19 de agosto de 1934 - Legitimada toda a Alemanha de Hitler

  • 16 de março de 1935 - Alemanha proclama sua liberdade de ação sobre rearmamento

  • 15 de setembro de 1935 - Aprovadas na Alemanha as Leis de Nuremberg

  • 1 de setembro de 1939 - Começa a Segunda Guerra Mundial

  • 27 de janeiro de 1945 - A libertação de Auschwitz

  • 7 de maio de 1945 – Alemanha se rende aos Aliados



  • Fonte: jblog.com.br

    quarta-feira, 20 de abril de 2011

    Especial: Tiradentes

    No dia 21 de abril comemoramos o feriado de Tiradentes. Considerado patrono cívico do Brasil, patrono das Polícias Militares e herói nacional, Joaquim José da Silva Xavier - tomando de empréstimo uma frase atribuída à Getúlio Vargas - “saiu da vida para entrar na história”, ao ser enforcado exatamente nessa data, no ano de 1792. Na verdade, sua transformação em mito não se deu de forma tão imediata. Seu reconhecimento ocorreu com o advento da República, quando a nova Nação precisava de heróis que personificassem sua grandeza.

    Na escola aprendemos desde cedo a história de Tiradentes, mas o que conseguimos reter de sua história nos anos de infância? O seu fim trágico, ocasionado por seu desejo de ver um Brasil independente da condição de colônia de Portugal. É claro que aprendemos que Tiradentes não construiu sozinho a Inconfidência Mineira, havia mais gente no movimento; porém, só ele foi condenado à morte. Mas quem eram os inconfidentes e o que eles queriam de fato? Porque eles queriam a independência? Porque somente Tiradentes morreu?

    As abordagens a respeito da trajetória e imagens construídas sobre Tiradentes foram mudando ao longo do tempo, dos governos e das maneiras de analisar a História. As diversas revisões históricas - baseadas em análises de documentos, depoimentos e discursos ideológicos vigentes - têm feito a imagem de Tiradentes variar entre o líder que se sacrificou pelo ideal de nação e o pobre bode expiatório que foi punido por, justamente, não ter posses nem status. O ensino nas escolas também tem procurado acompanhar as mudanças de visões. É só comparar um livro didático dos anos de 1950 e um mais atual. Percebe-se a busca por uma visão mais crítica da História. Sintomas de uma realidade mais próxima da democracia...