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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dois de Fevereiro é dia de Iemanjá

Janeiro foi embora, e fevereiro bate a porta com a festa de Iemanjá, a Majestade dos Mares, Senhora dos Oceanos, Sereia Sagrada! e O Rio vermelho se prepara para homenageá-la.



A História de Iemanjá

Dia dois de fevereiro é dia de festa no mar, como diz a canção de Dorival Caymmi, feita em homenagem a Iemanjá. Mito que atravessou o Atlântico, vindo da África, ele se instalou na cultura brasileira e se transformou em sinônimo de tolerância, esperança e carinho. Festejada no país do sincretismo por gente de todas as religiões, classes sociais e níveis culturais, Iemanjá é a rainha das águas salgadas e espécie de padroeira afetiva do litoral brasileiro.
 Conta a história que Iemanjá seria filha de Olokum – na região do Daomé, atual Benin, considerado deus e, em Ifé, deusa do mar. Em uma lenda de Ifé, ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé, com quem teve dez filhos. Cansada de sua permanência no lugar, Iemanjá foge em direção ao oeste, o Entardecer da Terra. Olofin, então, lançou o exército a sua procura e a orixá, temendo o perigo, quebrou uma garrafa contendo um preparado que Olokum havia lhe dado, com a recomendação de que a atirasse ao chão ao pressentir algum risco. Formou-se, então, um rio que a tragou e a levou para o oceano, morada de seu pai.
 Outra lenda conta que a origem de Iemanjá se deu depois que ela, de tanto chorar com o rompimento com seu filho Oxossi, que a abandonou e foi viver na mata com o irmão renegado Oçanhe, se derreteu e transformou-se em rio, que foi desembocar no mar. Em Ifé, Iemanjá é mãe de quase todos os orixás de origem iorubá, com exceção de Logunedé, e é a rainha das águas salgadas: as provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida dos filhos que se afastam de seu abrigo e as do mar, sua morada, onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos, como espenhos, alfazema, flores brancas e champanhe, sua bebida preferida.


Fonte: Templo de Umbanda

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Exposição Caixa Cultural
Mostra: "Kuarup - a última viagem de Orlando Villas Bôas" lança um novo olhar sobre a vida e obra do indianista. 

Esta exposição busca recuperar um pouco do imenso legado humanistico, social e político dos irmãos Villas Bôas. Por quase seis décadas, Orlando (1914-202), Cláudio (1916-1998) e Leonardo (1918-1961) fizeram do contato, da convivência e da solidariedade com inumeros povos indígenas o seu impulso vital.
Quando se integraram, em 1943, na Expedição Roncador-Xingu, organizada pelo governo Vargas (1930-1945), os poucos mais de 40 milhões de brasileiros ainda viviam próximos da faixa litorânea e, praticamente, desconheciam o interior do País.
Era o início do que se chamou de Marcha para o Oeste, em cujo caminho nasceram dezenas de cidades e vilas, campos de aviação, estradas e obras de infraestrutura.
Orlando, Cláudio e Leonardo perceberam que os povos indígenas, até então isolados, seriam literalmente massacrados pelo processo de interiorização do País se não recebessem a devida proteção do Estado brasileiro.
O empenho pessoal dos Villas Bôas resutou, em 1961, na criação do Parque Nacional do Xingu, atualmente denominado Parque Indígena do Xingu. É considerado pela UNESCO, o mais belo mosaico linguistíco-cultural das Américas.
Um pouco dessa verdadeira epopéia está registrada nas salas do Espaço CAIXA Cultural, culminando com uma mostra de fotos da grande homenagem feita pelos povos do Xingu, em 2003. Trata-se de um Kuarup, a cerimônia dos mortos, que reuniu mais de duas mil pessoas, registrado em imagens de Renato Soares.
A tragetória dos Villas Bôas não são apenas as vidas de três indivíduos. São veios essenciais da construção de uma nação tolerante, solidária e plural entre seus povos e suas culturas.

A visitação da exposição é gratuita, no período das 9h às 18h de terça a domingo, até o dia 30 de janeiro de 2011, no Espaço CAIXA Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes, 57, Centro - Salvador-Ba.
Clique na imagem ↑ e veja as fotos


CAIXA Cultural Salvador
(71) 3421-4200 e (71) 3421-4216
cultura.ba@caixa.gov.br

www.caixa.gov.br/caixacultural




domingo, 16 de janeiro de 2011

Missa em Memória da Historiadora Kátia Mattoso

Será realizada uma missa amanhã às 10h na Igreja do São Bento, localizada na Av. 7 de setembro, em memória da Históriadora Kátia Maria de Queiroz Mattoso, falecida recentemente (terça-feira 11) em Paris.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Historiadora Kátia Maria Mattoso morre em Paris

A cientista política, historiadora e especialista em história social da escravidão no Brasil, Kátia Maria de Queiroz Mattoso, de 78 anos, morreu na manhã desta terça-feira (11) em Paris, na França.

De acordo com familiares da historiadora, o enterro será na Grécia, país onde nasceu a professora. Já a missa de Sétimo Dia, será realizada no dia 17 de janeiro, às 10h, na Igreja de São Bento, no centro de Salvador. 

O diretor da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro de Araújo, amigo e orientando da professora Kátia Mattoso, lamentou: “Foi a grande formadora de pesquisadores e de professores de história na Bahia”.
A historiadora era também doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia e Professora Emérita aposentada da Universidade de Paris V – Sorbonne. Kátia Mattoso é autora, entre outras obras, de Ser Escravo no Brasil (Brasiliense, 1982) e Bahia Século XIX – Uma Província no Império (Nova Fronteira, 1992).

Fonte: Correio