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sábado, 30 de abril de 2011

30 de abril de 1975 – Termina a Guerra do Vietnã

Quatorze anos depois da Casa Branca ter determinado o desembarque de tropas norte-americanas na Indochina para um ataque aberto contra o Vietnã do Norte, o então presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford, ordenava, do mesmo local, a retirada às pressas dos últimos 904 norte-americanos que se encontravam em solo vietnamita. Apesar da retirada ter se realizado quase por completo após um acordo assinado pelos Estados Unidos dois anos antes, alguns contingentes militares permaneceram no local ajudando as forças do Sul.
O motivo pelo qual se ordenara a retirada imediata das tropas americanas fora a ocupação da capital Saigon – símbolo do governo sulista – pelo Exército vietcong (força comunista do Vietnã do Norte que recebia apoio da URSS), na madrugada do dia 30 de abril. A tomada da cidade, representou a derrota trágica dos Estados Unidos no conflito que matou mais de 2 milhões de pessoas, e a vitória dos aliados do norte.
“Nossa tarefa imediata será a de construir um Vietnã do Sul pacífico, independente e neutro, e trabalhar, passo a passo, pela reunificação de nosso povo através de meios pacíficos”, afirmou o Chanceler do Governo Revolucionário.
A tomada de Saigon fez parte de um plano muito bem preparado, no qual os pontos estratégicos da cidade foram ocupados em menos de uma hora pelos soldados vietcongs, que hastearam sua bandeira nos principais prédios da cidade, depois de terem sufocado imediatamente todos os pontos de resistência da cidade.

30 de abril de 1945 - A morte de Adolf Hitler

As primeiras notícias oficiais sobre a morte de Hitler revelavam que o Fuherer teria sucumbido combatendo russos no comando de um dos últimos setores bélicos nazistas ainda em atividade, em Berlim. Especulações quanto às circunstâncias reais de sua morte, contudo não demoraram a surgir. Muitas evidências históricas indicam que o Fuherer foi levado ao suicídio juntamente a Eva Braum, com quem se casara um dia antes.
A foto do suposto cadáver de Hitler, tirada pelos russos, após
o avanço sobre Berlim. Cada vez mais se duvida da veracidade
da morte do ditador alemão: sabe-se hoje que o cadáver em
questão, por exemplo, era cerca de 7 centímetros
menor do que Hitler!
Para o homem que dissiminou o terror em nome de sua ambiciosa teoria da superioridade ariana, cometendo atrocidades sem precedentes na História contra a própria humanidade, o suicídio correspondeu mais à antecipação da morte oficial ou ao desejo de evitar a humilhação da prisão e julgamento, insuportável para quem prometia mil anos de III Reich e o predomínio de uma raça superior.
A supremacia de Adolf Hitler suscitou sentimentos extremos, conforme a perspectiva histórica e geográfica que se tome ao retratá-lo. Foi um homem que se valeu de todas as fraquezas do homem - a ambição das Forças Armadas, a miopia do poder econômico, a ingenuidade do donzelismo político, a boa fé das massas - para chegar ao Poder.
O estudo biográfico sobre as origens de sua obsessão inclui uma infância marcada por rancor e mania de perseguição, onde já revelava acessos de cólera contra quem o contradissesse e uma adolescência de amarguras: o fracassado sonho de se tornar pintor, a morte precoce de sua mãe às vésperas de um Natal e a sobrevivência miserável pelas ruas de Viena. Como se fosse necessário encontrar quem pudesse arcar com o fardo da derrota, da humilhação e da miséria sofridas.
Polêmicas à parte, com a morte de Hitler, estavam contados também os últimos instantes da resistência alemã na Segunda Guerra Mundial.

Leia também:


  • 30 de janeiro de 1933 – Hitler é nomeado Chanceler alemão

  • 30 de junho de 1934 - A implacável Noite dos Longos Punhais

  • 19 de agosto de 1934 - Legitimada toda a Alemanha de Hitler

  • 16 de março de 1935 - Alemanha proclama sua liberdade de ação sobre rearmamento

  • 15 de setembro de 1935 - Aprovadas na Alemanha as Leis de Nuremberg

  • 1 de setembro de 1939 - Começa a Segunda Guerra Mundial

  • 27 de janeiro de 1945 - A libertação de Auschwitz

  • 7 de maio de 1945 – Alemanha se rende aos Aliados



  • Fonte: jblog.com.br

    quarta-feira, 20 de abril de 2011

    Especial: Tiradentes

    No dia 21 de abril comemoramos o feriado de Tiradentes. Considerado patrono cívico do Brasil, patrono das Polícias Militares e herói nacional, Joaquim José da Silva Xavier - tomando de empréstimo uma frase atribuída à Getúlio Vargas - “saiu da vida para entrar na história”, ao ser enforcado exatamente nessa data, no ano de 1792. Na verdade, sua transformação em mito não se deu de forma tão imediata. Seu reconhecimento ocorreu com o advento da República, quando a nova Nação precisava de heróis que personificassem sua grandeza.

    Na escola aprendemos desde cedo a história de Tiradentes, mas o que conseguimos reter de sua história nos anos de infância? O seu fim trágico, ocasionado por seu desejo de ver um Brasil independente da condição de colônia de Portugal. É claro que aprendemos que Tiradentes não construiu sozinho a Inconfidência Mineira, havia mais gente no movimento; porém, só ele foi condenado à morte. Mas quem eram os inconfidentes e o que eles queriam de fato? Porque eles queriam a independência? Porque somente Tiradentes morreu?

    As abordagens a respeito da trajetória e imagens construídas sobre Tiradentes foram mudando ao longo do tempo, dos governos e das maneiras de analisar a História. As diversas revisões históricas - baseadas em análises de documentos, depoimentos e discursos ideológicos vigentes - têm feito a imagem de Tiradentes variar entre o líder que se sacrificou pelo ideal de nação e o pobre bode expiatório que foi punido por, justamente, não ter posses nem status. O ensino nas escolas também tem procurado acompanhar as mudanças de visões. É só comparar um livro didático dos anos de 1950 e um mais atual. Percebe-se a busca por uma visão mais crítica da História. Sintomas de uma realidade mais próxima da democracia...

    Arquivo Público da Bahia lança catálogo que resgata período colonial baiano


    Publicação “Manuscritos ‘Avulsos’ da Capitania da Bahia” registra período em que Salvador foi capital do Brasil
    Pesquisadores, historiadores, arquivistas e todos interessados na história da Capitania da Bahia do século XVII ao XIX, agora, terão acesso aos registros em versões disponíveis em CD-ROM ou no Arquivo Público da Bahia. Esta coleção, composta por dois volumes, será lançada pela Fundação Pedro Calmon (FPC)/ SecultBA, na próxima quarta-feira (27), às 18h, no Palácio do Rio Branco e tornará pública parte importante da história do Estado. Estará presente ao lançamento a Profa. Dra. Esther Caldas Bertoletti, coordenadora do projeto que resultou nesta publicação.
    Titulada de Catálogo de Fontes Manuscritos ‘Avulsos’ da Capitania da Bahia traz o acervo documental que, até então, somente podia ser consultado no Arquivo Histórico Ultramarinho, em Lisboa, Portugal. Os documentos tratam de cerca de 224 anos (1604-1828) do período colonial brasileiro, abordando, inclusive, a importância política administrativa da Bahia, para o desenvolvimento do Brasil e renovando os olhares de pesquisadores sobre a história nacional. Alem disto, os dois volumes contribuem para preservação da memória histórica nacional e na democratização do acesso ao patrimônio documental brasileiro. De acordo com a Professora do Instituto de Ciência da Informação da UFBA e diretora do Arquivo Publica da Bahia, Maria Teresa Matos, os resultados práticos na ampliação do detalhamento das pesquisas são imensuráveis. “O acervo reúne documentos textuais, de tipologias diversas, como abaixo-assinados, alvarás, cartas, decretos, despachos, estatutos, execuções, mapas, ordens régias, pareceres, regimentos, entre outros”, acrescenta Teresa.
    A COLEÇÃO – A produção deste material se tornou viável a partir do Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco, coordenado pelo Ministério da Cultura, desde 1998. Este projeto é um a iniciativa Brasil – Portugal e foi conduzida a partir das comemorações de 500 anos do Brasil, envolvendo os dois países na execução e na formação da equipe técnica. Juntamente com a Bahia, outros 17 Estados tiveram cerca de 300 mil documentos identificados e digitalizados, todos referentes ao período colonial.
    O acervo microfilmado e digitalizado é constituído de 19610 verbetes e assegura o resgate do patrimônio arquivistico comum Brasil-Portugal, sendo composta por mais 250 rolos de microfilmes. Para pesquisadores da história baiana, este documento tem um papel essencial, pois resgata, em grande parte, a época, na qual, Salvador era capital do país.
    A diretora Teresa Matos ainda informa que os benefícios do Projeto Resgate motivaram o Arquivo Público da Bahia a adquirir uma máquina digitalizadora/microfilmadora para dar início à conversão dos documentos originais para o formato digital. “Essa conquista integra o projeto de modernização do acesso e da difusão de acervos do Arquivo Público da Bahia, e visa garantir preservação e a segurança do patrimônio arquivístico da Bahia e do Brasil”, ressalta.

    Fonte: Portal Secult/Ba (cultura.ba.gov.br)

    sexta-feira, 15 de abril de 2011

    Inconfidentes reconhecidos

    Ossadas de três conjurados identificados serão enterrados em museu de Ouro Preto no dia 21 de abril.

    Nunca é tarde para as homenagens. Foi confirmada, nessa sexta-feira (15), a identificação de três ossadas que pertenceram a homens que participaram da Inconfidência Mineira. São eles: o agricultor José de Resende Costa, pai, (1728-1798), o médico Domingos Vidal Barbosa (1761-1793) e o também agricultor João Dias da Mota (1744 – 1793). [Crédito da foto a baixo: Unicamp]

    Os três vão ser sepultados no Panteão do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, numa cerimônia que contará com a presidenta Dilma Rousseff, dia 21 de abril, quando se lembra a morte do mais famoso dos insurgentes, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

    A trajetória de Resende Costa, Vidal Barbosa e Dias da Mota é parecida após o enforcamento de Tiradentes, em 1792. Foram para Portugal e, em seguida, chegaram à África. Todos os três estão no grupo de formação do movimento. Como não houve o momento de chegada às armas, é difícil mensurar a participação de cada um deles, de acordo com alguns estudiosos. Pesquisadores citam o rico fazendeiro José de Resende Costa como um dos mais envolvidos na revolta. Foi preso junto com o filho de mesmo nome e condenado à morte junto com os outros inconfidentes. Na África, foi contador e distribuidor forense. Domingos Vidal Barbosa, cujo primo Francisco Vidal Barbosa é mais conhecido, morreu nove meses depois de chegar à África, de malária. Segundo historiadores, era de uma família rica – o pai era um grande fazendeiro – e estudara na França. Já João Dias Mota, que também morreu de malária, tinha uma fazenda onde se hospedavam muitos viajantes, inclusive Tiradentes. Há relatos de que também seria o único de quem se teria uma imagem confiável. 

    “Poucas pessoas tiveram acesso ao processo de degredo. Ninguém soube direito o destino deles”, lembra o professor aposentado da UFMG Márcio Jardim, autor de “Inconfidência mineira - uma síntese factual”. “Domingos e Mota foram para Cabo Verde. Costa foi primeiro para Guiné-Bissau e depois para Cabo Verde. Os três foram reunidos na Ilha de Santiago em janeiro de 1793. Lá ninguém sabia qual era a sentença deles.”


    Em 1932, os corpos dos inconfidentes foram exumados a pedido do Brasil e identificados a partir de relatos de uma moradora, que dizia ter ouvido a história sobre a origem dos três de sua família.
    [Ao lado, o crânio de José de Resende Costa reconstituído / crédito: Unicamp]

    “Nos anos 1930, com a ascensão de Vargas, buscou-se recuperar as ossadas na África com o apoio do governo de Minas Gerais. O historiador Augusto de Lima Junior foi responsável pela pesquisa na África e traslado para o Brasil”, contou o historiador André Figueiredo Rodrigues, que escreveu dois artigos para a Revista de História de abril, citando inclusive que José de Resende Costa, para proteger o seu patrimônio ao ser preso em 1791, casou a sua filha com um sócio em um negócio envolvendo ouro.

    A pesquisadora Carmem Silva Lemos, que trabalha no Museu da Inconfidência e é uma das responsável por esse reconhecimento, afirmou que houve muito questionamento sobre a identidade das ossadas porque o processo tinha se baseado em relatos orais de uma indígena. A testemunha mostrava, contou a pesquisadora, o local onde eles estavam enterrados e afirmava que eles eram os deportados do Brasil na época da rainha D. Maria I.

    sábado, 9 de abril de 2011

    Família de José Bonifácio está no Congresso há 190 anos

    Dom Pedro I declarou a independência. Marechal Deodoro proclamou a República. O Estado Novo derrubou a República Velha. A ditadura militar varreu a República Nova. E a Nova República se equilibra para não envelhecer. Apenas uma família conseguiu acompanhar todas essas fases históricas atravessadas pelo país nos últimos dois séculos do alto do Legislativo brasileiro.



    Os Andrada desembarcaram no Congresso Nacional antes mesmo de ele existir, ainda nas Cortes Portuguesas, em 1821, e não deixaram mais o Parlamento. Nos últimos 190 anos, a família produziu 15 deputados e senadores, quatro presidentes da Câmara, oito ministros de Estado e dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de governadores, prefeitos e vereadores. Ao todo, rendeu mais de 20 políticos e ocupantes de altos cargos públicos. 


    Nenhuma outra família superou esse clã na geração de políticos influentes na história do país. Uma tradição iniciada com o Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada, e que já alcança a sexta geração consecutiva no Congresso. No século passado, não houve uma única legislatura em que os herdeiros do Patriarca não estivessem presentes. Tem sido assim, ininterruptamente, desde 1894. 

    A sucessão da dinastia chegou a ficar ameaçada nas últimas eleições, quando o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), nome da família na Câmara desde 1979, tomou seu maior susto. O tucano ficou na segunda suplência e só voltou ao Congresso porque o governador Antonio Anastasia, seu colega de partido, chamou dois deputados para seu secretariado, garantindo o prosseguimento da série histórica da família. 

    quinta-feira, 7 de abril de 2011

    Sessão Especial vai homenagear historiadora Kátia Mattoso

    A Assembléia Legislativa realizará na próxima sexta-feira (08/04), às 9h30, Sessão Especial proposta pelo deputado Zé Raimundo (PT), em homenagem à memória da historiadora Kátia Maria de Queiróz Mattoso. Na oportunidade será instituído o prêmio Kátia Mattoso de História da Bahia, patrocinado pela ALBA e pela Fundação Pedro Calmon/SecultBA, para os melhores trabalhos relacionados à história da Bahia. 


    Kátia Mattoso faleceu aos 78 anos, em Paris, em 11 de janeiro de 2011, e foi sepultada na Grécia, seu país de origem. Cientista política, historiadora e Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia, era titular da cadeira de História do Brasil da universidade de Paris-Sorbonne. Especializou-se em história econômica e social da Bahia (1750-1889), e história social da escravidão no Brasil (1549-1888).

    "Sua contribuição para os estudos históricos, especialmente na história social da escravidão no Brasil foi inestimável", registrou o deputado Zé Raimundo, na justificativa do requerimento da sessão especial. 

    Doutora em Ciência Política pela Universidade de Lausanne e em Letras e Ciências Humanas pela Universidade de Paris-Sorbonne, Kátia Mattoso teve fundamental importância na formação de diversos professores e pesquisadores. "A professora Kátia Mattoso formou toda uma geração de historiadores e professores estimulados a um olhar aprofundado na rica história da Bahia", afirmou o historiador Ubiratan Castro de Araújo, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon / SecultBA e idealizador da premiação.

    Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Professora Emérita aposentada da Universidade de Paris V – Sorbonne escreveu, entre outras obras, ‘Ser Escravo no Brasil’ (Brasiliense, 1982) e ‘Bahia Século XIX – Uma Província no Império’ (Nova Fronteira, 1992).

    Fonte: Fundação Pedro Calmon (fpc.ba.gov.br)