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segunda-feira, 25 de julho de 2011

25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

As mulheres negras da diáspora africana celebram 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A escolha da data ocorreu no I Encontro das Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, realizado na República Dominicana, em 1992. Estiveram presentes mulheres negras de mais de 70 países, com o objetivo de dar visibilidade à sua presença nestes continentes, como símbolo de (re) união e de (re) conhecimento mundial de suas histórias de vida guerreira, combativa e imprescindível à construção de um mundo solidário, multiétnico e pluricultural. Esta mulher negra tem, em comum, vidas marcadas pela opressão de gênero, agravadas pelo racismo e pela exploração de classe. 

Para comemorar este dia, a Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher (SPM) realizou nesta hoje, segunda-feira (25) o encontro Geração – Gênero, Raça, Campo e Ação, no Hotel Vila Velha, em Salvador. O evento, que reuniu representantes do governo da Bahia e de entidades negras, teve como finalidade discutir políticas públicas voltadas às mulheres negras, que representam mais de 70% das que moram em Salvador, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2007). 

O acesso ao mercado de trabalho foi um dos temas abordados. Para a representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Luana Soares, as mulheres negras ainda encontram muitas dificuldades quando o assunto é emprego estável e salário. “Ganhamos menos que as mulheres consideradas brancas e sofremos preconceitos na hora de disputar uma vaga de emprego”.

De forma geral, os dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apontam que as mulheres recebem salário inferior ao dos homens, têm maior presença no mercado informal e enfrentam dupla jornada de trabalho, por causa dos afazeres domésticos. A depender da profissional, a diferença salarial chega a mais de 30%.

A secretária da SPM, Vera Lúcia Barbosa, afirmou que a secretaria atua em dois eixos: enfrentamento à violência contra as mulheres e a autonomia econômica. “É através desses eixos temáticos que estamos desenvolvendo ações de políticas públicas para as mulheres, de forma geral. Para as negras, queremos trabalhar com projetos próprios para elas, já que nenhuma mulher é igual à outra”.

Há 19 anos era criado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O dia 25 de julho foi escolhido durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, capital da República Dominicana, em 1992. Na capital baiana, a data também já faz parte do calendário oficial desde 2008, instituída através da lei nº 7.440. 


Fontecomunicacao.ba.gov.br

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