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sábado, 13 de agosto de 2011

12 de agosto de 1984: Tancredo é lançado candidato à Presidência


“Nosso propósito é presidir o grande acordo nacional para a transformação do Brasil em um país restaurado em sua honra, em sua riqueza e sua dignidade”, disse Tancredo Neves no discurso que pronunciou após a homologação de sua candidatura pela Convenção do PMDB.
Tancredo recebeu 656 votos dos 688 depositados nas urnas, enquanto seu companheiro de chapa, José Sarney teve 543 votos. Em seu discurso de 50 minutos, interrompido 60 vezes pelos aplausos das três mil pessoas que lotavam as galerias da Câmara dos Deputados, Tancredo assumiu o compromisso de convocar uma Constituinte “com a urgência necessária”, combater de forma não recessiva a inflação, apoiar a empresa nacional e renegociar a dívida externa. Além disso, o então futuro Presidente expôs toda sua plataforma de ação, que ia desde a restauração das eleições diretas em todos os níveis até promessas de reestruturar a Federação, assegurar terras dos índios, promover a reforma tributária e encarar a integração do Nordeste como a “maior e mais importante prioridade nacional”.

“O povo brasileiro reclama mudanças, e iremos promovê-las. Não faremos apenas um governo de transição. Nosso propósito é o de presidir o grande acordo nacional para a transformação do Brasil”, prometia o então governador de Minas Gerais. O lançamento da candidatura de Tancredo foi apenas o início da bela caminhada rumo à redemocratização, cujo ápice se daria no ano seguinte, quando a chapa Tancredo-Sarney era eleita para governar o país.

Apesar da trajetória emocionante, a história não teve um final plenamente feliz. Em 14 de março do ano seguinte, na véspera de sua posse como Presidente, Tancredo adoeceu gravemente e morreu 39 dias depois, sem ter assumido o cargo executivo mais importante no Brasil, que estava emocionado com o fim da ditadura. Com a morte de Tancredo, Sarney assumiu a Presidência, permanecendo no posto até 1990. 

No dia do lançamento de sua candidatura, contudo, Tancredo trilhava outros rumos para o futuro do Brasil: 

“O nosso pacto social afasta desânimos e ressentimentos, covardias e represálias, acomodações e revanchismo, para abrir o país a uma nova estação na história. Não será um tempo de milagres, nem de ostentação constrangedora. Tudo faremos para que os brasileiros tenham direito ao trabalho, à honra e à liberdade. Para essa Luta, em nome da Aliança Democrática, conto com a ajuda de Deus e a força do povo”.


Fonte: historica.com.br/hoje-na-historia


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