Em entrevista, presidente e coordenadora do Ibram falam sobre estudo que mapeou instituições de preservação de memória e identidade no país
“Ainda não passamos o Tratado de Tordesilhas”, assim resumiu o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), José do Nascimento Jr., sobre um dos resultados do estudo “Museus em números”, feito pela instituição e que ainda não foi publicado sobre os centros de preservação de memória e identidade no país. Sob a supervisão de Rose Miranda, coordenadora geral de Informações Museais do Ibram, o relatório mostra uma concentração dos museus nas áreas mais ricas e que já têm bastante acesso aos bens culturais.
Mas como disse Rose, em outro contexto, “o museu não é uma ilha isolada das questões sociais”. Ele representa a sociedade no que ela tem de melhor ou pior. No que ela escolheu para servir de sua memória e de base fundadora de sua identidade.
Veja como foi a entrevista com os dois na galeria recém-reaberta do Museu Nacional de Belas Artes, diante do quadro “A batalha dos Guararapes”, de Victor Meirelles de Lima. Eles falaram sobre essa espécie de censo, que mostra como o Brasil tem, hoje em dia, mais de 3 mil instituições museais, mas também sobre políticas de capacitação, o crescimento do interesse na memória, desde a década de 1950, a importância dos museus comunitários e de outros como o da Língua Portuguesa, em São Paulo, além de temas mais controversos como as sociedades dos amigos e as direções das instituições.
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