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quarta-feira, 23 de março de 2011

Mitos e verdades sobre Cleópatra, a última rainha do Egito antigo

No dia da morte de Elizabeth Taylor, atriz que eternizou Cleópatra nos cinemas, saiba mais sobre a mulher que ficou conhecida por usar a sedução para manter-se no poder.



Morreu nesta manhã a atriz norte-americana Elizabeth Taylor. Com seus famosos olhos cor de violeta, Liz, como era conhecida, foi considerada uma das mulheres mais belas de seu tempo, não à toa acabou sendo escalada para eternizar a imagem de uma das personagens mais sedutoras da história: Cleópatra. Mas, será que essa poderosa governante tinha de fato uma beleza sem igual? Era mesmo uma sedutora inescrupulosa? Confira esses e outros mitos e verdades sobre essa poderosa rainha do Egito.


A rainha do Egito era na realidade grega

Nascida em 60 a.C., Cleópatra VII Téa Filopator, a última rainha do Egito, não tinha sangue egípcio. Ela descendia de uma dinastia grega, a dos ptolomeus. Para garantir a própria legitimidade e provar a ascendência divina, os ptolomaicos, tidos como estrangeiros em terras faraônicas, faziam como os deuses: casavam-se entre eles. 

A própria Cleópatra, para continuar no poder, chegou a casar com dois de seus irmãos Ptolomeu 13º e Ptolomeu 14º. A rainha governou o Egito antigo entre 51 a.C., após a morte de seu pai, Ptolomeu 12º, e 30 a.C., quando suicidou-se.

Beleza só no cinema

Ao que parece, Cleópatra foi bonita apenas em terras hollywoodianas. Não há retratos da rainha, mas algumas moedas da época a mostram com um queixo e um nariz proeminentes, características estas herdadas da família. Para compensar os traços fortes, ela era elegante e carismática. 

Há registros que dizem que a rainha foi careca em alguns momentos, possivelmente durante epidemias de piolho. Para disfarçar, ela usava perucas. Ela era muito vaidosa. Fazia tratamentos de beleza e hidratava a pele com banhos de leite. Cleópatra também gostava muito de se maquiar. Inclusive, foi ela quem popularizou o uso do kohl, uma mistura de carvão e chumbo usada para contornar de preto os olhos. 


Quase uma virgem

Está certo que Cleópatra casou-se com seus dois irmãos e foi amante dos romanos Júlio Cesar e Marco Antônio, mas diferentemente do que se imagina, a rainha estava longe de ser uma libertina. Ao que tudo indica, César foi seu primeiro homem e Marco Antônio, com quem viveu 11 anos, o segundo e último. 

Invenção romana 


A ideia que se tem que Cleópatra era uma sedutora inescrupulosa foi criada pelos romanos, que odiavam a moça e acreditavam que apenas os homens poderiam ser tão poderosos. A difamação contra a rainha começou após Marco Antônio, que na época governava as províncias no Oriente, se separou de Otávia e assumiu de vez a rainha, na época a sua amante.

Acontece que a mulher de Antônio era nada menos que a irmã de Otaviano, que administrava a parte ocidental do Estado romano, e não só odiou a separação, como sentiu que o seu governo estava ameaçado. Em sua campanha para tentar sujar a imagem de Cleópatra, Otaviano disse que Marco Antônio não passava de um joguete nas mãos da monarca, que pretendia conquistar Roma. 

As mentiras sobre a rainha do Egito continuaram após a morte de Otaviano. Os romanos atrelaram todas as histórias sobre Cleópatra à sua sexualidade, pois era mais fácil admitir que ela encantava os homens pela sua sedução, do que por ser inteligente. 

Suicídio


Outro mito que cerca a vida de Cleópatra é que ela morreu após ser picada por uma cobra. Entretanto, uma pesquisa do historiador Christoph Schäfer, da Universidade de Trier, concluiu que ela tomou um veneno, um coquetel preparado por ela, para se matar, depois de ter sido presa pelas tropas de Otaviano. 

A cobra que teria picado a rainha é apenas uma invenção, que pode ter sido originada após o seu enterro. No leito de morte a rainha aparecia em gesso pintado junto com uma serpente.

Fonte: guiadoestudante.abril.com.br 

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